O Washington Geoengineering Consortium (Portuguese)

Washington Geoengineering Consortium consiste de um pequeno grupo de acadêmicos ocupados  em ampliar participação no dialogo sobre geoengenharia climática; o qual vem, desenvolvendo-se cada mais rapidamente.

Geoengenharia climática retrata uma série de ‘intervenções tecnológicas que estão sendo pensadas ou desenvolvidas para reduzir a mudança climática ou para atenuar o impacto da mesma sobre o nosso planeta’.  Estas intervenções se enquadram em dois principais grupos: 1) as destinadas a remover o dióxido de carbono do ar e armazená-lo, ou transformá-lo em combustível (conhecidas como tecnologias de Remoção de Dióxido de Carbono); 2) as destinadas a reduzir a quantidade de radiação solar, ou luz solar, que chega até a Terra (conhecidas como Gestão de Radiação Solar).

Até há pouco tempo, diálogos sobre essas tecnologias eram limitados apenas a pequenos grupos acadêmicos e convenções de ficção científica.  Agora, no entanto, diante da terrível situação climática global, e das igualmente ruins perspectivas políticas, muitos cientistas e responsáveis políticos, no mundo todo, estão considerando um “Plano B.” Isso se reflete no fato da geoengenharia climática estar aparecendo cada vez mais quando se trata de ciência da mudança climática e nos relatórios de impactos.

Um bom exemplo disso é o último relatório de avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas das Nações Unidas relatório (UNIPCC AR5) que discute amplamente a geoengenharia climática, explicando a ciência e engenharia por trás de muitas das técnicas, e fazendo um esforço para compreender alguns dos potenciais benefícios e riscos políticos e judiciais. Recentemente, a Convenção sobre Biodiversidade das Nações Unidas e a Organização Meteorológica Mundial esforçaram-se para tomar posições e chegar a acordos sobre o assunto.

Além do âmbito internacional, países individuais, incluindo a Grã-Bretanha, Noruega e França, têm agora suas próprias agendas nacionais de pesquisa relacionadas à exploração de geoengenharia climática. Os Estados Unidos, Canadá, Alemanha e outros países também estão se movendo rapidamente nessa direção.

Nosso objetivo ao escrever este artigo não é o de iniciar uma discussão sobre os méritos de tais pesquisas ou da implantação de geoengenharia climática, mas sim o de simplesmente informar que tais discussões estão acontecendo, que estão ganhando vapor, e que o resultado lhe afetará diretamente.

A voz do Brasil deve, sem dúvida alguma, ser uma parte importante das discussões em torno das decisões que organizações mundiais tomam sobre o futuro do planeta – pesquisar ou não geoengenharia climática? Implantar ou não geoengenharia climática? E, em caso de respostas positivas, como e quem decidirá o que será feito? Estas são decisões que afetarão a Brasil, e decisões que devem envolver o Brasil.

Neste momento, nós percebemos que o inglês é o idioma usado em grande parte destas importantes discussões, e tendo em vista que a maior parte do mundo não fala Inglês, este é, obviamente, um problema. Há discussões acontecendo em Português? Existem universidades, organizações governamentais e não-governamentais acompanhando os diálogos realizados mundialmente sobre este assunto?

Por favor, informe-nos sobre isso! Ajude-nos a encontrar artigos e publicações em Português que tratam de geoengenharia climática. Nós ficaríamos felizes em publicá-los em nosso site, e, assim, ajudar outras pessoas a acessá-los.

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